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A visita cotidiana do Beija-flor

  • Foto do escritor: Eridam Pimentel
    Eridam Pimentel
  • 27 de out. de 2015
  • 1 min de leitura

Todas as manhãs, quando me sento para tomar café, me aparece um Beija-flor, saltitante e voraz, batendo suas asas intermitentes sobre uma das flores da trepadeira, que fica logo ao lado da nossa sala de jantar.  A velocidade é tamanha que as vezes não consigo admirar a beleza e as cores de suas penas... Num piscar de olho, ele desaparece, sem motivo e sem alarde, para voltar no dia seguinte, com a mesma voracidade e sem explicação...

De certa forma, me identifico muito com esse Beija-flor. Costumo realizar várias tarefas e tomadas de decisões de uma forma mais apressada que o usual. Não consigo ver as horas se passando e achar que elas são inacabáveis... Costumo ver o tempo como as águas de um rio durante um temporal, velozes e irrecuperáveis...   E como o assíduo visitante Beija-flor, também não costumo dar muitas explicações quando chega a hora de partir...

 
 
 

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